7 medos e mitos sobre Parto Normal

Mitos sobre parto normal

Todo mundo conhece uma amiga, vizinha e conhecidos com histórias tenebrosas sobre o o parto normal, e que acabam por nos deixar cada vez mais com medo desse momento. Mas estamos aqui justamente para te ajudar a desvendar todos esses mitos e medos e principalmente te orientar a tomar a melhor decisão.

Fizemos uma lista dos 7 mitos mais comuns que rodeiam esse momento e temos explicações bem diretas sobre esses pontos. Acompanhe conosco:

 

1- “Não tive dilatação”

Não é raro ouvirmos a seguinte frase “Meu útero não dilatou e tive que fazer uma cesárea.” Porém, essa falta de dilatação, na verdade, não existe. Existem tempos diferentes para cada mulher dilatar, e para algumas mulheres pode realmente levar muito tempo para chegar a essa dilatação total. Muitas vezes, algumas interferências psicológicas, emocionais ou até mesmo do ambiente, como excesso de luzes, muitas pessoas observando, temperatura desconfortável e tensão, podem estar interferindo negativamente na evolução do quadro. Além disso, é muito comum ver mulheres chegando cedo demais no hospital, ainda em pródromos ou em um falso trabalho de parto. O que parece estender além do normal todo esse processo.

 

2- “Parto normal vai estragar o playground da mulher.”

Esqueça a ideia que após o parto, a mulher vai ficar “larga” e isso vai interferir na vida sexual do casal.

Tanto a vagina quanto o períneo são músculos que tem a capacidade de contrair e relaxar, voltando ao tamanho normal ou muito próximo do normal após o tempo de recuperação do parto. 

No entanto se essa é uma preocupação sua, a melhor forma de prevenção da frouxidão da vagina e de toda a musculatura pélvica é através de exercícios que podem ser feitos com o períneo que ajudam inclusive a evitar algum tipo de laceração na hora do parto. Procure por fisioterapia pélvica.

 

3- “Não aguento dor forte”

Muitas mulheres dizem que não conseguiriam passar por um parto normal por serem muito sensíveis à dor. Porém, ninguém sabe como é a dor do parto antes de passar por ela e não sabemos como vamos reagir a ela até o momento. Apesar de intensa, a dor do parto vem em ondas dando um intervalo “de descanso” entre uma onda e outra, nos permitindo recuperar as forças. Além disso, essa dor faz com que o nosso organismo libere alguns hormônios que serão fundamentais tanto para esse momento (como a endorfina, que é um analgésico natural), como também para a ajudar na amamentação. Vou te contar um segredo: todos esse processo dolorido e intenso, nos permite descobrir que somos muito fortes e capazes. E por fim muitas mulheres acabam se surpreendendo com o tamanho da sua força e garra. E esta força nos garante muita confiança para cuidar de um recém-nascido. 

Um outro ponto que vale a pena ser levado em consideração é que há inúmeras técnicas para alivio de dor e desconforto como por exemplo o uso da água quente, posições relaxantes, massagens, acupuntura e anestesia na fase final do parto.

 

4- “Parto demorado significa risco de vida para o bebê”

Mais um grande mito! A verdade é que não existe um tempo limite pré-determinado para o parto acontecer. E cada mulher tem seu tempo necessário e específico para parir, podendo ele levar alguns minutos ou até mesmo demorar 3 dias para chegar ao fim.

Nesse caso o essencial é avaliar se os sinais vitais da mãe e do bebê estão adequados. Se os batimentos cardíacos do bebê e a pressão arterial e vitalidade da mãe estiverem ok, o parto está no tempo certo de acontecer.

 

5- “Minha bacia é estreita e o bebê está grande.”

Você sabia que só olhando ou por exames de imagem não conseguimos saber se o bebê é grande demais pra você? Já tivemos casos de alguns bebês com mais de 4 quilos que nasceram lindamente por via vaginal, sendo a mãe bem pequena.

Essa desproporção da cabeça do bebê ser maior que a bacia da mãe pode até acontecer, mas são casos raros. E só conseguimos saber se será possível ou não a passagem, depois que atingimos a dilatação completa. Além disso, mesmo em casos de evoluirmos para uma cesárea, tanto a mãe quanto o bebê já tiveram muitos benefícios do ponto de vista hormonal e psíquico, por terem vivenciado o trabalho de parto.

 

6- “O parto dói e a cesárea não dói.”

Se tem algum mito maior do que esse, nós desconhecemos.

Apesar de não doer na hora, o corte da cesárea pode doer por semanas depois do parto, uma vez que são cortadas 7 camadas de tecido na barriga da mulher. Enquanto no parto normal, quando tudo ocorre de forma correta e consciente, não há dor após o nascimento.

E é justamente nas primeiras semanas do bebê que a nossa vida fica de cabeça para baixo e seria muito bom que estivéssemos bem dispostas e sem dor para passar por esse momento.

 

7- “O cordão umbilical está enrolado no pescoço do bebê e ele pode sufocar.”

Você sabia que mais de 30% dos bebês nascem de parto normal e com a circular de cordão? O cordão umbilical é bem longo e preenchido por uma gelatina elástica, que ajuda na não interrupção do fluxo sanguíneo, mesmo se for dobrado ou enrolado. Pode até acontecer alguns casos bem raros do cordão umbilical ser curto demais, o que impediria a saída do bebê do útero se estivesse com circular, mas isso só pode ser detectado durante o trabalho de parto e aí sim uma cesárea seria necessária.

 

Esses foram alguns dos mitos e medos mais comuns sobre o parto, mais é claro que ainda existem inúmeras dúvidas sobre esse tema.

 

Mas atenção, não estamos falando aqui e todas as mulheres podem ter um parto normal. Em alguns casos, o parto normal pode sim oferecer riscos de vida para o bebê e a gestante, e sendo assim, a cesárea é o procedimento mais adequado e prudente.

 

E só para deixar claro, tudo o que foi falado aqui não inviabiliza o seu desejo de ter uma cesárea. Se mesmo depois de todos esses pontos que listamos acima, fazer uma cesárea for a sua vontade, ela deve ser respeitada pelo seu obstetra.

 

Mas se você ainda não está se sentindo totalmente confiante ou ainda tem dúvidas, converse com sua obstetra, ou se preferir, nos mande um direct pelo Instagram. Será um prazer te ajudar a esclarecer todos os seus pontos para que você possa viver esse momento de forma mais leve e tranquila.

 
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DRA. ANA CRISTINA​

GINECOLOGISTA, OBSTETRA, ULTRASSONOGRAFISTA E UMA DAS RESPONSÁVEIS PELA CLÍNICA.

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