De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a prematuridade (nascimento antes de 37 semanas de gestação) é a primeira causa de mortalidade infantil em todo o mundo, e segundo dados do Ministério da Saúde, 11,7% de todos os partos realizados no país são prematuros. Esse percentual coloca o Brasil na 10ª posição entre os países onde mais nascem crianças prematuras, contabilizando aproximadamente 340 mil nascidos prematuros todos os anos.
A incidência de bebês prematuros já era um problema bastante concreto, e infelizmente, a pandemia tornou esse quadro ainda mais comum.
São várias as causas que podem levar à prematuridade, mas o principal passo para evitar esse problema é a prevenção. O pré-natal é uma das medidas mais eficazes para uma gestação saudável e completa.
Por volta de 17 semanas de gestação os órgãos do feto já estão completos, porém pouco desenvolvidos. Por isso, as semanas seguintes são decisivas para verificar a gravidade e complexidade da prematuridade do bebê.
Ou seja, o tempo de gestação e o estágio de desenvolvimento intrauterino permitem determinar o grau de prematuridade. Quanto maior a idade gestacional, menor o risco do bebê apresentar complicações de saúde.
Com isso, podemos classificar a prematuridade sob 2 aspectos: Idade gestacional e peso.
Quanto à idade gestacional:
- Nascido entre 37 e 38 semanas: Prematuro Limítrofe;
- Nascido entre 31 e 36 semanas Prematuro Moderado;
- Nascido entre 24 e 30 semanas: Prematuro Extremo.
Quanto ao peso:
- Menos de 2 kg: Baixo peso;
- Menos de 1,5 kg: Muito baixo peso;
- Menos de 1 kg: Extremo baixo peso.
Juntos, estes fatores determinarão os próximos passos para o tratamento médico adequado, e a estimativa de pelo qual o recém-nascido poderá passar, também o tempo de internação necessário na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.
Na maioria das vezes, o parto prematuro pode ser prevenido com um pré-natal adequado. Dessa forma, a identificação de complicações por parte da mãe, que podem desencadear o parto prematuro, deve ser feita durante as consultas.
Porém existem alguns fatores de risco que devem ser acompanhados mais de perto como: pressão alta, diabetes, problemas cardíacos, infecções durante a gravidez e idade da gestante superior a 35 anos. Porém, se a bolsa romper e a idade gestacional for acima de 34 semanas, é indicado seguir com o parto.
É importante lembrar que gêmeos e trigêmeos têm grandes chances de nascerem antes das 37 semanas previstas. Uma vez que os bebês ocupam mais espaço no útero, estimulando assim as contrações de forma precoce.
Para as mamães que passam por uma gestação de alto risco, é muito importante fazer o pré-natal certinho, seguindo todas as orientações do seu obstetra para que as chances de intercorrências sejam reduzidas ao máximo.
Aqui na Clínica Nattus, atendemos muitas gestantes de alto risco, e todas com lindas histórias de superação e alegrias para contar.
Não deixe de fazer o seu acompanhamento gestacional. Ele pode salvar vidas.
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Dra. Clara Antunes
Além de ginecologista, obstetra, ultrassonografista, também é Fetóloga, estando habilitada a fazer procedimentos diagnósticos no ambiente fetal, guiados por métodos de imagem.
